Matuê confirma criação de sua própria distribuidora musical para 2026

Matuê anuncia passo histórico para a 30PRAUM com o lançamento de sua própria empresa de distribuição musical em 2026. Entenda como isso muda o mercado e garante independência total ao artista
Matuê Distribuidora

O trapper cearense Matuê, conhecido por quebrar recordes e redefinir as estratégias de marketing no cenário urbano nacional, acaba de dar sua cartada mais ambiciosa. Em confirmação feita através de sua conta na rede social X (antigo Twitter), o artista anunciou que abrirá sua própria distribuidora musical em 2026. O movimento é visto como o passo definitivo para a independência total de sua carreira e da gravadora 30PRAUM.

A decisão surge em um momento crucial da indústria, onde artistas de grande porte buscam cada vez mais autonomia sobre suas obras. Atualmente, mesmo gravadoras independentes e artistas gigantes do trap dependem de agregadoras ou “majors” para fazer a ponte técnica entre o estúdio e as plataformas de streaming (como Spotify, Apple Music e Deezer).

O fim dos intermediários na cena do Trap

Para quem acompanha os bastidores do mercado fonográfico, a criação de uma distribuidora musical não é apenas uma questão de ego, mas de logística e finanças. Hoje, a maioria dos artistas paga taxas percentuais sobre seus royalties ou valores fixos para que empresas terceirizadas subam suas músicas nas plataformas. Além do custo financeiro, há o custo do tempo: muitas vezes, os lançamentos dependem da aprovação e dos prazos dessas empresas.

Ao centralizar esse processo, Matuê elimina o “middleman” (o intermediário). Isso significa que, a partir de 2026, a 30PRAUM poderá subir faixas de forma muito mais ágil, responder a tendências de mercado instantaneamente e, claro, reter uma fatia maior dos lucros gerados pelos streamings. Essa estratégia de verticalização dos negócios é comum no rap norte-americano, mas ainda é um território pouco explorado por artistas brasileiros em nível de infraestrutura própria.

Uma estrutura para além da 30PRAUM

Embora o foco inicial pareça ser a otimização dos lançamentos do próprio Matuê e dos artistas da 30PRAUM (como Teto e WIU), o projeto tem potencial para abraçar outros nomes da cena. A nova distribuidora musical poderia atuar como um hub para artistas independentes que buscam fugir das taxas abusivas e dos contratos complexos das grandes corporações.

O modelo proposto sugere que a empresa assumiria os “B.O’s” burocráticos e técnicos, permitindo que os artistas foquem apenas na criação. Se consolidada, essa iniciativa pode transformar a distribuidora musical de Matuê em uma concorrente direta de empresas que hoje dominam a distribuição digital no Brasil. Contudo, como o próprio artista indicou, é um movimento que exige cálculo frio e estrutura robusta para suportar a demanda técnica e jurídica que a distribuição exige.

Impacto no futuro da música urbana

A confirmação desta empreitada reforça a visão de negócios do artista, que sempre se posicionou de forma crítica em relação às amarras da indústria tradicional. Vale lembrar que o artista já protagonizou momentos de tensão com grandes gravadoras no passado, sempre buscando rotas para ter liberdade criativa e cronológica. Uma distribuidora musical 100% própria é a concretização dessa filosofia de “faça você mesmo”, elevada ao nível corporativo.

Com essa nova empresa, Matuê não apenas garante seu futuro, mas pode estar pavimentando uma nova estrada para a independência do rap nacional.

NARDONI

NARDONI

Carioca que não gosta de praia, apreciador de café e água com gáix, criador da RAP MÍDIA.

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