O rapper KayG acaba de lançar um dos projetos mais marcantes de sua trajetória. “Neguinho Bolado: Eu Escrevo a Minha História” chega como a continuação direta do álbum “Neguinho Bolado”, lançado em maio deste ano, e representa um novo capítulo de amadurecimento e reflexão na carreira do artista.
O disco, que estreou nas plataformas digitais no dia 16 de outubro via Symphonic, apresenta treze faixas e conta com participações de nomes como Vulgo FK, LPT Zlatan e MC Kadu.
Enquanto o primeiro volume funcionava como uma introdução ao universo sonoro e pessoal de KayG, esta segunda parte se aprofunda nas decisões, nas dúvidas e nos aprendizados que moldam o artista no momento atual.
O rapper encara o microfone com sinceridade e coragem, traduzindo suas vivências em versos diretos e emocionais.
É uma continuidade da minha história. Se algo der certo na minha vida, vou ser parabenizado. Mas se der errado, vou ser responsabilizado.
KayG
A sonoridade de “Neguinho Bolado: Eu Escrevo a Minha História” passeia entre o trap e o funk, dois gêneros que sempre fizeram parte da essência do artista. Os beats, assinados por produtores como Fahel, Stick, Pluck D, neckklace, 6ee, C4rlinhxs, Stuani, JHXW e Marvin, criam uma atmosfera moderna, energética e ao mesmo tempo introspectiva. O álbum transita entre momentos de celebração e faixas mais densas, revelando um KayG mais maduro, consciente de suas escolhas e seguro de seu papel dentro da cena.
Entre os destaques, “Cheguei na Festa”, com participação de Vulgo FK, resgata a parceria entre os dois, que já dividiram sons no passado e agora voltam a colaborar oficialmente.
Em “Total Magazine”, faixa que ganhou videoclipe dirigido por Igor Uzi, KayG explora uma escrita afiada e uma estética visual que reforça sua autonomia artística. Já “Vai Amar ou Vai Mentir?”, com MC Kadu, é um dos momentos mais populares do álbum, unindo o funk de raiz com o trap contemporâneo em uma mistura que traduz bem a identidade do artista.
Cada música do disco parece ser um capítulo da vida de KayG. Em “Fator Detetive”, com Niink e Emitê Único, o rapper mergulha em metáforas que falam sobre vigilância, lealdade e autoconhecimento.
Já “Lamento Pelas Dores, Mãe”, que encerra o projeto, é uma carta aberta à família, um desabafo que mistura arrependimento, gratidão e amadurecimento. O disco inteiro soa como um relato pessoal, uma biografia rimada sobre crescimento, responsabilidade e resiliência.

Nascido e criado em Perus, na Zona Norte de São Paulo, KayG cresceu em meio a referências musicais diversas. Sua avó foi quem o apresentou a nomes como Michael Jackson, Roberto Carlos e Elvis Presley, além de clássicos da música brasileira como Cartola e Jorge Ben Jor.
Essa bagagem musical plural se reflete em seu estilo versátil e na forma como ele mescla elementos de diferentes gêneros para construir algo único. Ainda criança, começou a cantar funk ao lado do irmão mais velho, mas decidiu se afastar da música em 2015 para estudar teoria musical na igreja que frequentava. Anos depois, em 2019, retornou com força total à cena, agora como trapper, mostrando uma nova versão de si mesmo.
Desde então, KayG tem se consolidado como uma das promessas mais autênticas da nova geração do rap e do trap nacional. Seus trabalhos anteriores, como os singles “Outra Bomba” e “Plaque”, além da participação em “Trap de Malika”, de Kyan, já mostravam o talento e a sensibilidade de um artista que não tem medo de se reinventar.
Com “Neguinho Bolado: Eu Escrevo a Minha História”, ele alcança um novo patamar, entregando um álbum que é, ao mesmo tempo, íntimo e ambicioso, pessoal e universal.
A Symphonic Brasil, distribuidora responsável pelo lançamento, reconhece o potencial do artista e aposta alto em sua trajetória. O diretor-geral da empresa, Ian Bueno, destacou o quanto acompanhar a evolução de KayG tem sido inspirador e reforçou que este novo disco chega para coroar um excelente momento na carreira do rapper.