O trio paulistano AGBARA CREW SP, composto pelas irmãs Ymanny Aimeê, Yara Aynara e Ylanny Evelyn, lançou no ultimo dia 24 de fevereiro de 2025, sua mais recente faixa intitulada “Minha Luta“. Faixa que chega como um manifesto poderoso de autoestima, resistência e celebração das conquistas das mulheres negras, destacando a força e determinação necessárias para superar os desafios cotidianos.
Formado em 2020, o AGBARA CREW SP rapidamente se destacou na cena musical paulistana. As irmãs, oriundas da periferia de São Paulo, utilizam sua arte para narrar experiências pessoais e coletivas, abordando temas como racismo, empoderamento feminino e a valorização da cultura afro-brasileira. Com letras contundentes e beats envolventes, o grupo conquistou um público fiel e crescente.
“Minha Luta”: Um Hino de Superação e Empoderamento
A nova faixa, “Minha Luta”, apresenta um beat marcante acompanhado de rimas afiadas que narram a jornada de indivíduos que, mesmo provenientes de contextos periféricos, alcançam seus sonhos sem renunciar à sua essência. A letra aborda questões como racismo, empoderamento feminino e a incessante busca por igualdade. O refrão ressoa como um mantra de resiliência:
“Não, eles não vão me rebaixar
Tire essa sua inveja de mim
Tudo que eu conquistei, eu prosperei
Lutei até que venci”
Além disso, a música exalta com orgulho a vivência periférica, destacando a moda afroperiférica e a marca Afropeperifa, reforçando a identidade e o estilo únicos das mulheres negras:
“Respeite as minas pretas porque ela não cai, ela não deita
Mina de fé e guerreira, então respeita a preta”
A trajetória do AGBARA CREW SP é inspirada por artistas que utilizam a música como ferramenta de protesto e transformação social. Nomes como Bia Ferreira e Clara Lima são referências notáveis nesse contexto.
Bia Ferreira, por exemplo, define sua arte como “MMP – Música de Mulher Preta”, abordando temas como feminismo, antirracismo e LGBTfobia em suas composições. Sua música “Cota Não É Esmola” tornou-se um hino contra a discriminação racial e a favor das cotas nas universidades brasileiras.
Clara Lima, por sua vez, destacou-se nas batalhas de rima e integra o grupo DV Tribo, ao lado de artistas como Djonga e FBC. Suas letras refletem as vivências na periferia e abordam temas como criminalidade e resistência, sempre com uma perspectiva crítica e consciente.
“Minha Luta” transcende o universo musical, tornando-se um símbolo de resistência e inspiração. A faixa ressoa nas comunidades, escolas, rodas de conversa e plataformas digitais, encorajando indivíduos a persistirem em seus objetivos e a valorizarem suas raízes. Cada verso reforça a importância de ocupar espaços, reivindicar direitos e enaltecer a cultura negra no Brasil.
Ouça “Minha Luta” em todas as plataformas digitais: