BK’ já havia dado algumas pistas sobre a sonoridade do quinto álbum de sua carreira, nomeado “Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer“, ao dizer que traria samples nacionais – e isso é o que mais viria a chamar a atenção do público.
Assim como outras influências musicais clássicas internacionais, o rapper, ao lado dos produtores que o acompanham, sempre trouxe muitas referências para a sua arte. Uma de suas principais referências declaradas é o Marcelo D2, que carrega a sua característica mistura do rap com o samba.
Há algum tempo, Abebe Bikila comentou que desejava trazer mais elementos nacionais e “abrasileirar” a sua sonoridade assim como fez em “Gigantes“. No seu ápice de conforto de criação, ele, então, decide fazer algo que já é muito explorado na calada – principalmente – no underground.
O artista carioca reuniu inúmeros samples da música brasileira, incluindo ícones como Djavan – o seu grande ídolo –, Trio Mocotó, Evinha, Fat Family e mais. Para além desse elemento trazido, aplicou isso também nas colaborações; com Pretinho da Serrinha, Luedji Luna, Melly e outros.
Assim como deve ser, nas participações, segundo relato do próprio BK’, buscou complementar a sua entrega a partir da visão que teve para “DLRE“.
Através das qualificadas produções de Deekapz, Nansy Silvvz, JXNV$, Theo Zagrae, Sango e mais, Abebe transitou entre inúmeros momentos introspectivos de reflexões sobre acreditar no impossível e ser comovido por esse sentimento.
Com isso, podemos concluir que em seu novo disco, BK’ ressalta a pluralidade que tem a apresentar e seguir negando abandonar o que acredita como arte para as tendências comerciais ditadas pela indústria – assim como fez e vem fazendo ao longo de toda a sua trajetória.
E o resultado disso, mais uma vez, já se mostra fortemente positivo nos primeiros momentos no ar: público fascinado com sua contínua evolução e enriquecidas referências.